O título desta
postagem foi um comentário feito pelo meu amigo da CBN Cláudio Carvalho, o famoso Gaúcho,
no link de um vídeo que postei sobre o show do Chris Cornell. Me considero um
cara com muitas paixões, por isso frequentemente ando em estado de encantamento
por aí. Mas a paixão em questão é a música. Das bandas do meu top five, eu já fui ao show de quatro. Assisti a todas duas vezes: Pearl Jam (2005/2011), Stone
Temple Pilots (2010/2011), Faith no More (2009/2011) e Oasis (2001/ 2009). Mas
a número 1, que eu considero a melhor
banda do mundo, ainda não tocou no Brasil. Mesmo com quase três décadas de
existência, o Soundgarden ainda não pisou em território tupiniquim. A banda, formada por Chris Cornell no vocal, Kim Thayil na guitarra, Ben Shepherd no
baixo e Matt Cameron na bateria, é a principal responsável pela minha inserção
no mundo da música. Quando montei uma banda, ainda na adolescência, a minha
inspiração era o Cornell. Só depois de
algum tempo, aceitei que desafinava muito e nunca conseguiria cantar uma música do
Soundgarden. Após 10 anos, foi a vez de querer tocar como o Matt Cameron. Comprei
uma boa bateria. Já faz dois anos e até agora
nada de conseguir tocar uma música do grupo.
Além de ser vocalista
do Soundgarden, uma das bandas mais importantes do rock nas últimos três décadas,
o Chris Cornell participou de outros projetos bem sucedidos, como o Audioslave
e o Temple Of The Dog. Mesmo assim, ainda sobrou tempo para consolidar uma
carreira solo, com quatro discos lançados.
Em dezembro de 2007,
o Chris Cornell veio ao Brasil pela primeira vez, na turnê do segundo disco
solo. No dia 12 daquele mês, o cantor fez um show no Rio de Janeiro, cantando
músicas de todos os seus projetos. Eu fui, claro! Fiquei na primeira fila,
perplexo, extasiado... Já na metade do show, ele veio em minha direção, então
joguei para ele o meu chapéu. Ele segurou e colocou no pedestal.
Durante toda a execução da música Be Yourself, o meu chapéu ficou pendurado no
pedestal. Quando a música terminou, ele me devolveu. Na saída do Citibank Hall
alguns fãs gritavam, em tom de brincadeira, que iriam roubar o meu chapéu. Como
fiquei a poucos centímetros do Chris, tirei fotos espetaculares do show, que
foram divulgadas em sites sobre música de diversos países.
Na época, o orkut ainda estava em
alta, e postei o link do álbum de fotos no tópico "Chris Cornell - Rio de
Janeiro", da página oficial do cantor na rede social. No dia seguinte, o
marcador de visitas do meu perfil registrava milhares de acessos, além de dezenas
de solicitações de amizades. Ainda mantive contato com algumas
pessoas até 2010, quando abandonei oficialmente o orkut. Como eu não sou capaz de
analisar o show de uma forma imparcial, deixo o link da crítica feita
pelo meu amigo e ótimo jornalista Marcos Bragatto: http://www.rockemgeral.com.br/2007/12/13/overdose-de-hits-leva-chris-cornell-a-fazer-show-de-duas-horas-e-meia/
Foi a melhor
experiência musical da minha vida. O vídeo abaixo é o registro deste meu
momento de catarse.
Ontem, nos
reencontramos em um formato mais intimista, no Vivo Rio: a poderosa voz do Chris e o violão. No repertório, novamente ele fez um passeio por canções de todos os seus projetos. Os
ingressos iam de R$ 150,00 a R$ 750,00. Quanto mais perto do palco era a mesa, mais
caro era o ingresso. Mas antes de tocar a primeira música do show, o Chris
Cornell convidou todos a levantarem, para que se aproximassem do palco. Imagino
a raiva de quem pagou R$ 750,00.
Mais uma vez não tenho aptidão para analisar o show de uma maneira sensata. Mas o Bragatto já publicou a crítica do show no site "Rock em Geral", com direito a foto registrada por mim: http://www.rockemgeral.com.br/2013/06/16/afiado/
Registrei boas fotografias e gravei dois vídeos:
Registrei boas fotografias e gravei dois vídeos:
O show teve 29
músicas e duração de duas horas e meia, com direito a um fã cantando no palco a
música "Like a Stone", do Audioslave.
Mais uma noite
encantada e inesquecível!
P.S: A minha
admiração pelo Chris Cornell não é apenas por considerá-lo o melhor cantor da
história do rock, vocalista da minha banda preferida ou por ser o músico mais
influente do movimento grunge (essa afirmação está explícita no documentário
Peal Jam Twenty). Em 2009, o Chris teve a atitude mais comovente que já vi por
parte de um artista. Segue a notícia publicada no site Cifra Club, no dia 21 de abril de
2009:
"Chris Cornell
disponibilizou para download a música , feita em
parceria com Rory de La Rosa, um fã do cantor.
De la Rosa perdeu a
filha Ainslee, que tinha seis anos, vítima de câncer no ano passado. Pouco
depois, ele foi diagnosticado com a mesma doença.
O fã quis entrar em
contato com o cantor para dizer como a música de Cornell havia sido importante
em sua vida e na ligação que ele tinha com sua filha.
O cantor se comoveu
com a história e respondeu a mensagem. A correspondência dos dois resultou em
um poema escrito por Rory de la Rosa que acabou transformado em uma canção.
I Promise it’s Not Goodbye pode ser baixada no site oficial do cantor gratuitamente. Na página há
também um link para quem quiser fazer doações a Rory de la Rosa e sua família
em memória de Ainslee e para ajudar com as contas do tratamento médico. "
Encerro esta postagem
com a linda canção I Promise it’s Not Goodbye. As fotos do vídeo são da pequena Ainslee.
Já assisti este vídeo
algumas vezes e nunca consegui chegar ao final sem estar com os olhos marejados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário